Não sei para onde vou… mas vou

29-11-2009 01:24

Não sei para onde vou… mas vou

Na guerra do ultramar, a Guiné era a que apresentava maior percentagem de mortos em combate representando essa percentagem o dobro da de Moçambique e o triplo da de Angola. Por todas estas razões, esta fama divulgou-se por toda a população em idade de cumprir o serviço militar, tornando-se um destino quase fatídico para qualquer potencial combatente. 

Então, foi-nos explicado que, habitualmente, o último pelotão fornecia pára-quedistas para a segurança do quartel, para a gestão do refeitório, do bar e outros serviços de apoio e ainda alguns Paras, eram destacados para prestar serviço na Polícia Aérea.

 Eu sabia, pelo jornal da caserna, que todo o militar, fosse de que arma fosse, tinha aversão à polícia militar. Como não tínhamos polícia própria, era um fartote de mimos sempre que havia reencontros entre polícias e policiados. À porta de qualquer bar ou estação de caminho-de-ferro, nos momentos de embarque das tropas para o Ultramar ou fosse qual fosse a situação, havia sempre um bom pretexto para chatear. “Só me faltava agora empacotarem-me nas guerras das polícias” – pensei eu.

 Este grupo, de cerca de vinte Pára-quedistas, no qual me incluía, só teve direito a gozar um fim-de-semana após a conclusão do curso de combate que não era mais do que o último estádio de preparação para a guerra.

 

Excerto Retirado do Site 

https://www.vianasocialecultural.com

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